POR QUE O ANALISTA SE INTERESSA PELO PERÍODO DA INFÂNCIA?

  • Responsáveis: Élida Biasoli, M. Veridiana S. Paes de Barros e Renata Duarte Hoexter.
  • Horário: Quinzenal, sextas-feiras, das 17h30 às 19h.
  • Datas: 01/08, 15/08, 12/09, 03/10, 17/10, 07/11 e 28/11.
  • Modalidade: presencial (São Paulo).

A partir da investigação e experiência clínica, Freud construiu uma teoria sobre a sexualidade infantil. Ele deu grande importância a esta teoria, pois nela reconheceu seu valor estruturante, observando como essas experiências impactam e influenciam a formação da vida adulta e seus sintomas. O curso “Retorno a Freud: Por que o analista se interessa pelo período da infância?” tem por objetivo uma leitura do texto clássico da letra freudiana que inaugura a teoria da sexualidade infantil- “Três Ensaios sobre a teoria da sexualidade” de 1905.

BIBLIOGRAFIA
Freud, S. (1905). “Três ensaios sobre a teoria da sexualidade”. In: Obras completas, volume 6. São Paulo: Cia das Letras, 2020.
Freud, S. (1923) “Organização genital infantil”. In: Obras completas, volume 16. São Paulo: Cia das Letras, 2020.
Freud, S. (1925) “Algumas consequências psíquicas da diferença anatômica entre os sexos”. In: Obras completas, volume 16. São Paulo: Cia das Letras, 2020.

DA IMPOTÊNCIA À TRANSFERÊNCIA  

  • Coordenação: Silvia Sato
  • Responsáveis: Fernanda Pizeta, José Danilo Canesin e Emmanuel Mello.
  • Horário: Quinzenal, quintas das 18h30 às 20h00
  • Datas: 14/08, 28/08, 11/09, 25/09, 09/10, 23/10, 13/11, 27/11.
  • Modalidade: Presencial (Ribeirão Preto)
  • Carga horária: 1h30 quinzenal

 Freud, em 1912, aponta a Impotência Psíquica como uma característica sintomática dos “homens civilizados” ligada à “depreciação na vida amorosa” onde, para obter prazer, era preciso depreciar a parceira, indicando que haveria algo recalcado que não poderia aparecer na relação com uma mulher.

Nesse curso, partiremos da vida amorosa e sexual desta época, para extrair em Freud, o que, das correntes terna e sexual, afetam as diversas parcerias de hoje e como aparecem na experiência analítica. Se a transferência, segundo Lacan, é a atualização da realidade sexual inconsciente, frente às parcerias sintomáticas que nos chegam aos consultórios, podemos dizer que o amor ainda é motor da transferência?

Bibliografia
FREUD, S. Sobre a mais comum depreciação na vida amorosa – contribuições à psicologia do amor II (1912). São Paulo: Companhia das Letras, 2013. In Obras completas, Vol. 9, p. 347-363.
FREUD, S. (2010). Observações sobre o amor de transferência. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. In Obras completas, Vol. 10, pp. 211-228.

O SUPEREU

  • Coordenação: Patrícia Bichara
  • Responsáveis: Geórgia de Sordi, Hector Espagnoli, Heloísa Amaral, Telma Palmieri
  • Horário: Quinzenal, segundas-feiras, das 19h30 às 21h
  • Datas: 04/08, 18/08, 01/09, 15/09, 29/09, 13/10, 27/10, 10/11
  • Modalidade: Presencial (Campinas – Meridian Coworking)

Partindo do texto freudiano “O Eu e o Isso”, de 1923, iniciamos no primeiro semestre de 2025 a exploração do conceito de Supereu. Considerado herdeiro do Complexo de Édipo, o Supereu é uma das três instâncias psíquicas abordadas na segunda tópica e que responde à exigência moral. Por tornar-se o Ideal do Eu, também o encontramos, já em Freud, como uma instância severa, respondendo às exigências do Isso pela via do imperativo. É nesse ponto que pretendemos chegar, tendo em vista às elaborações lacanianas sobre o imperativo Goza!, marca do contemporâneo. No segundo semestre daremos continuidade à proposta utilizando como referência “O mal-estar na Cultura”, de 1930, considerado o texto freudiano que foi mais longe na discussão do Supereu, da sublimação e da pulsão de morte, uma vez que a economia psíquica guarda relação com as estruturas e normas da sociedade, da cultura e da religião.

Bibliografia
Freud, S. (1923) “O Ego e o Id”. In: Obras Completas, volume XIX. Rio de Janeiro: Imago, 1969.
Freud, S. (1930) “O mal-estar na cultura”. In: Cultura, sociedade, religião: o mal-estar na cultura e outros escritos. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
Obs.: não é pré-requisito ter cursado o primeiro semestre.

INTRODUÇÃO AO NARCISISMO E PULSÕES E SUAS VICISSITUDES

  • Coordenação: Fatima Luzia e Silvana Sbravati
  • Horário: Quinzenal, sextas feiras das 15h às 16h30.
  • Datas: 15/08, 29/08, 12/09, 26/09, 10/10, 24/10, 07/11 e 21/11.
  • Modalidade: Presencial (São Paulo)

Trazemos estes dois textos no intuito de transmitir   a construção de Freud na formulação dos conceitos fundamentais da psicanálise. A noção do narcisismo e das pulsões estão intrinsicamente conectadas com a libido, um dos pilares do arcabouço teórico da psicanálise. Na busca de uma teoria que desse conta do que pulsa no homem – o desejo de satisfação – escreve em 1915 o texto “Instintos e seus Destinos”.  Nos situa sobre os afetos onde o amor e o ódio têm origens diferentes e tiveram uma evolução própria, antes de se tornarem um par de opostos, na relação prazer-desprazer.

Bibliografia:
Freud. S., Caso Schreber 1912, in Histórias Clínicas, Obras Incompletas, Ed. Autêntica, Belo Horizonte/MG, 2022,
Freud. S., Totem e Tabu 1913, págs. 139 a 143 in vol.11, Obras Completas, Cia das Letras, São Paulo/SP, 2017
Freud. S., Três ensaios sobre a sexualidade 1905, págs. 33 a 37, in vol.6, Obras Completas, Cia das Letras, São Paulo/SP, 2017
Freud, S., Introdução ao Narcisismo 1914, in vol. 12 Obras Completas, Ed. Cia das Letras, São Paulo/SP, 2018
Freud. S., Instintos e seus destinos, in vol. 12 Obras completas, Ed. Cia das Letras, São Paulo/SP 2018

UMA LEITURA DO CASO DA JOVEM HOMOSSEXUAL.

  • Coordenação: Ana Paula Borges e Marisa Nubile.
  • Horário: Mensal, segundas-feiras das 20:00h as 21:30h.
  • Datas: 18/08, 15/09, 20/10 e 17/11.
  • Modalidade: Presencial (São José dos Campos).
  • Carga horária: 1h30min mensais.

Este curso tem por objetivo aprofundar-se na letra freudiana, agora com o texto “Sobre a psicogênese de um caso de homossexualidade feminina” (1920) no qual Freud nos dá notícias de um exame preliminar realizado com a paciente que até hoje nos é conhecida como “a jovem homossexual”. Trata-se de um texto norteador e que muito nos ensina sobre a escolha de Freud em acolher uma paciente sem demanda de análise, mas com a aposta de que a condição transferencial se colocasse. Além disto, neste ensaio, Freud, fortalece a posição da psicanálise de que a escolha de investimento em um objeto de desejo se distancia de uma causalidade biológica, sustentando uma posição ética com relação à homossexualidade, rompendo com o discurso social de sua época, e retirando o caráter patológico desta questão.  Tendo este texto como pilar dos encontros, usaremos textos complementares tanto de Freud quanto de Lacan e, deste último, em especial, “O primado do falo e a jovem homossexual” que consta no Seminário 4 (1956-57), com o intuito de abrir uma conversa acerca dos impasses da jovem com relação ao falo e seu desejo, bem como dos impasses encontrados pelo próprio analista Freud.  O texto que ordena este curso será seguido em sua integralidade textual pelo tempo que for necessário para a sua finalização.